O Som do Sim

domingo, 29 de agosto de 2010

Nem sempre é preciso de música
Pra dizer que a festa está animada,
Pra risada ser estendida e a conformidade dada.

Às vezes, o melhor é o silêncio.
De noite, uma lua e uma estrela,
Um medo na rua,
Um beijo na princesa.
(...)
É tão tênue que a música toca na mente,
é a trilha sonora que não se escuta, sente...

A corrida, o suspense, o desespero,
(Longe do filme, perto do dinheiro)
Nem sempre há uma música a tocar,
mas a mente focaliza e usa,
a adrenalina abusa, e concretiza o suor.
Faz a música mais intensa dependendo do tempo,
Do alento, do acalento e do seu talento.

A música existe até onde há surdos,
Seriam então os surdos os ouvintes sublimes,
pois têm em si a música audível do interior,
A música do pensamento,
O estranhamento, o revivamento...
O momento...

...

Em um momento a música se faz,
como magia,
como queria.
Nem notas, nem sons,
Nem acordes, nem tons.
Sorrisos, sons leves;
Choros, melodias carentes;
Gritos de raiva, metal pesado;
Pensar lento, pensamento armado;

A música é o tempo e nos separa de tempo em tempo,
Para cada rei, cada plebeu,
A música é eterna, eternamente mútua, e não morreu!