Pôr de Sol

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Sol do entardecer

Tentar aquecer,

Quer fazer valer.

Num vento frio e cruel,

O tempo se faz de véu,

Acalma a hora e a ânsia de quem chora.

Os versos mudos mudam nada,

Hora errada de escrever poesia,

Ficou a hora no que podia,

O entardecer anoiteceu.

O frio deixou marcas;

O que marcou faz fazer frio;

O fazer é sentar ao calor do lar...

...sentar no sol ao entardecer,

E vagar...

O entardeceu desceu na hora certa

(quando senti, sorri).

Quando vivi, morri.

Quando penso em aquecer

Vem o frio de viver

E o texto mudo do apelo cego.

Cheguei a me aquecer quente;

Quantifiquei a chegada ausente.

Ralei, ausentei, esquentei, esqueci...

(...)

Esqueci-me do entardecer no quarto

Na cabeceira da cama, no livro.

Quando me livrei do frio, aqueci;

Quando te abracei, pressenti.

Entardecer lento é tenso.

É momento de busca e inspiração.

É texto curto que se alonga e vai...

Se cai na emoção.

Entardecer é querer se esquentar;

É aguardar o frio.

Deixar frieza por guardar...

E anoitecer... e amar.

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Voltando à postar no blog! Toda semana estarei aqui!

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